Não gosto muito de ir a médico, pois alguém já disse que quem procura acha, só recorro a um profissional quando a situação está mais crítica e um simples analgésico, antiácido ou pomadinha, já não é suficiente para aplacar a dor. E tome bronca da patroa...
Nestas férias, enquanto amigos viajavam para Las Vegas, Ilhas Cayman, ou mesmo para Guarujá e Ubatuba, eu que fiquei pelas Terras de Indaiá, descansava e me preparava psicologicamente para fazer um check-up geral na saúde.
Primeiro ligo para o cardiologista que acompanha este hipertenso já há alguns anos, mas só consigo marcar uma consulta para fevereiro. Ufa, ganhei um tempo para quem sabe dar uma emagrecida, pensar em começar a caminhar, minimizando talvez o meu esculacho anual por ser sedentário e obeso.
Em seguida, respiro fundo, tomo coragem e ligo para o meu urologista que há 5 longos anos não vejo e não sinto saudades. Confirmo a ironia das especialidades médicas, o cardiolista não tem vaga para janeiro, já o urologista, lógico, marco para o mesmo dia...Mas como diz outra máxima, se é inevitável relaxa...e lá vou eu para meu exame.
Reparo que outro fato raro na medicina acontece no mesmo dia, sou atendido exatamente na hora marcada e ao adentrar a sala do Dr. me recordo de seu rosto e sou cumprimentado com um suave aperto de suas delicadas mãos...
A conversa transcorre normalmente, vou me preparando psicologicamente, quando de suas mãos recebo uma guia de exames de sangue e urina que devo fazer para depois retornar...
Os dias passam, faço os exames e os resultados me são informados por telefone pela patroa, que não resistiu a tentação e abriu o envelope que foi buscar, sugerindo ao final que eu faça um seguro de vida... E tome bronca...
O dia do retorno ao urologista ocorre antes da consulta ao cardiologista; que facilidade marcar o retorno... Chego correndo de Santa Barbará sem tempo para almoçar, tomo um rápido banho, me preparo mentalmente para a consulta enquanto saio correndo com o envelope de exames aberto...
Desta vez a consulta atrasa. É, mas não muito, cerca de um ou dois minutos, não é normal...só com urologistas isto acontece. Ao entrar em sua sala, um perfume agradável irrompe pelas minhas narinas, a mão macia me cumprimenta novamente e após o Dr abrir o envelope aberto, uma rápida analisada, sou informado que urina e PSA estão normais, mas os demais resultados são uma calamidade. Mas isto eu já sabia...
Entabulamos então, uma longa conversa, onde descubri que o Dr. tem o dom da vidência, pois foi capaz de descrever meu dia a dia, o que como, o que tenho na geladeira, como durmo, como sou ansioso, mas aí acho que eu "dei bandeira", pois estava sentado em posição de quem queria sair correndo dali...
Constato que não tenho muitas opções, ou mudo de hábitos ou é bom fazer um seguro de vida, a patroa da bronca agradece...
Mas o momento da consulta que mais me incomodava é chegado, vamos ao exame, as mãos não tão macias se preparam, eu me posiciono e depois de um leve, mas desagradável incômodo descubro que minha próstata está normal.
Por incrível que possa parecer saio da sala feliz, pois o pior já passou, não senti prazer e não tenho interesse em ter o telefone pessoal do dono das mãos macias...Mas vou revê-.lo em 2013.
Agora só me resta mudar de hábitos...de saúde!!!
Blog do Marco Zoéga
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
O despejo ...
Estava eu no escritório a trabalhar.
Pesquisava material novo, pensava na estrutura da aula, fuçava daqui e dali na internet e quando dei por mim já havia anoitecido. Escutava ao fundo o barulho das crianças tomando banho de banheira no piso superior da casa e algumas ordens sendo dadas, em alto e bom tom, pela sargento mamãe. Cumpra-se as ordens ou nada de "mámá" ...
Continuei meus afazeres, e algum tempo depois ouve-se o som do silêncio. Tudo parece estar em paz no lar. Mamãe sargento, pelo horário, já deve estar dormindo, já as crianças podem estar dormindo também ou assistindo um DVD.
A segunda hipótese se mostrou ser a mais verdadeira, quando depois de algum tempo novo fuá se estabeleceu, desta vez no quarto das crianças, o vídeo devia ter acabado...
Não ouço nenhuma voz de comando, o que me dá a indicação de que a sargento deve estar em sono profundo devido ao cansaço dos afazeres diários, talvez sonhando com uma promoção e uma comemoração no Bar do Pezão.
Começo a fechar os programas no computador quando um choro cada vez mais alto se aproxima. A mistura de choro, raiva e lágrimas não permite que eu compreenda muito bem o que está acontecendo. Procuro acalmar seu furor, mas não há palavras de consolo que alivie sua revolta, quando finalmente desligo o computador, o choro também cessa.
Seguro sua pequena mão e nos encaminhamos para a escada. Parece estar aliviada, pois sabe que papai general colocará ordem na caserna, digo, quarto. Mas ao subir já os primeiros degraus deparo-me com o motivo da revolta, Thomás, o terrível irmão mais velho de 5 anos, despejou a "inocente" Maria Fernanda, irmã mais nova de 3 anos, do quarto com cama de ursinho rosa e tudo mais no corredor...
Caio na gargalhada, Thomás esbraveja na porta e Maria Fernanda achando-se incompreendida pelo general volta a chorar...
Mas o general ainda rindo, usa de sua sapiência e ao pegar a máquina fotográfica para documentar o primeiro despejo em família, recupera o comando da situação, faz com que a "modelo" se arrume para a foto e o "despejador" se reconcilie com sua irmã despejada.
Pesquisava material novo, pensava na estrutura da aula, fuçava daqui e dali na internet e quando dei por mim já havia anoitecido. Escutava ao fundo o barulho das crianças tomando banho de banheira no piso superior da casa e algumas ordens sendo dadas, em alto e bom tom, pela sargento mamãe. Cumpra-se as ordens ou nada de "mámá" ...
Continuei meus afazeres, e algum tempo depois ouve-se o som do silêncio. Tudo parece estar em paz no lar. Mamãe sargento, pelo horário, já deve estar dormindo, já as crianças podem estar dormindo também ou assistindo um DVD.
A segunda hipótese se mostrou ser a mais verdadeira, quando depois de algum tempo novo fuá se estabeleceu, desta vez no quarto das crianças, o vídeo devia ter acabado...
Não ouço nenhuma voz de comando, o que me dá a indicação de que a sargento deve estar em sono profundo devido ao cansaço dos afazeres diários, talvez sonhando com uma promoção e uma comemoração no Bar do Pezão.
Começo a fechar os programas no computador quando um choro cada vez mais alto se aproxima. A mistura de choro, raiva e lágrimas não permite que eu compreenda muito bem o que está acontecendo. Procuro acalmar seu furor, mas não há palavras de consolo que alivie sua revolta, quando finalmente desligo o computador, o choro também cessa.
Seguro sua pequena mão e nos encaminhamos para a escada. Parece estar aliviada, pois sabe que papai general colocará ordem na caserna, digo, quarto. Mas ao subir já os primeiros degraus deparo-me com o motivo da revolta, Thomás, o terrível irmão mais velho de 5 anos, despejou a "inocente" Maria Fernanda, irmã mais nova de 3 anos, do quarto com cama de ursinho rosa e tudo mais no corredor...
Caio na gargalhada, Thomás esbraveja na porta e Maria Fernanda achando-se incompreendida pelo general volta a chorar...
Mas o general ainda rindo, usa de sua sapiência e ao pegar a máquina fotográfica para documentar o primeiro despejo em família, recupera o comando da situação, faz com que a "modelo" se arrume para a foto e o "despejador" se reconcilie com sua irmã despejada.
PAZ NO LAR
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Bom dia meu amor...
Acordo ao perceber uma movimentação no quarto.
Se Nãna, minha esposa, por vezes "dorme com as galinhas", normalmente acorda antes que o galinheiro, com muita disposição...
Pergunto-lhe as horas, mas ao mesmo tempo estico o pescoço em direção ao rádio-relógio, e antes que ela me responda, já tomei minha decisão: ainda dá tempo de um bom cochilozinho. Ouço sua voz, balbuciar algo, acho que as horas, mas neste momento já estou me aninhando novamente. Em seguida, ao longe, ouço seus passos descendo a escada. Cochilo...
Passos suaves e rápidos, mais para ligeiramente correndo, me fazem acordar novamente. Permaneço imóvel, quieto e um cheiro gostoso de café invade minhas narinas. Um braço procura me envolver, ganho alguns cafunezinhos na careca e finalmente um beijo gostoso, logo em seguida uma voz macia pronuncia:
- Bom dia!!!
Ainda demoro um pouco para me virar e lhe retribuir o beijo, e quando o faço, vejo-a candidamente dormindo abraçada aos travesseiros. E assim fico, por longos minutos a observar e acalentar um grande amor da minha vida: Maria Fernanda.
Bom dia, MINHA FILHA!!!
Se Nãna, minha esposa, por vezes "dorme com as galinhas", normalmente acorda antes que o galinheiro, com muita disposição...
Pergunto-lhe as horas, mas ao mesmo tempo estico o pescoço em direção ao rádio-relógio, e antes que ela me responda, já tomei minha decisão: ainda dá tempo de um bom cochilozinho. Ouço sua voz, balbuciar algo, acho que as horas, mas neste momento já estou me aninhando novamente. Em seguida, ao longe, ouço seus passos descendo a escada. Cochilo...
Passos suaves e rápidos, mais para ligeiramente correndo, me fazem acordar novamente. Permaneço imóvel, quieto e um cheiro gostoso de café invade minhas narinas. Um braço procura me envolver, ganho alguns cafunezinhos na careca e finalmente um beijo gostoso, logo em seguida uma voz macia pronuncia:
- Bom dia!!!
Ainda demoro um pouco para me virar e lhe retribuir o beijo, e quando o faço, vejo-a candidamente dormindo abraçada aos travesseiros. E assim fico, por longos minutos a observar e acalentar um grande amor da minha vida: Maria Fernanda.
Bom dia, MINHA FILHA!!!
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Caminhos...
No final do ano recebi muitas mensagens de carinho de meus alunos e ex-alunos. A energia que me passam nestas mensagens servem para recarregar as esperanças deste educador, de que vale a pena ser professor e a continuar a se reciclar para acompanhar as novas necessidades da Educação.
Ao responder uma destas mensagens de uma aluna, lembrei-me de um trecho de uma poesia de Antonio Machado que li há muitos anos, num texto de Carlos Heitor Cony, que ia na linha do que queria dizer a minha aluna.
Nós, pais, professores queremos sempre que nossos "pupilos" encontrem caminhos seguros, bem traçados e planejados para se tornarem profissionais bem sucedidos e felizes. Cada pai, professor, generalizando "adulto responsável" tem uma sugestão de percurso a seguir. Antigamente ser Doutor, Engenheiro, funcionário do Banco do Brasil, ser Professor (acreditem!!!), casar bem (?), eram alguns dos caminhos que seriam garantia de felicidade.
Mas os tempos mudaram muito e atualmente acho que a frase do poema acima é a que para mim representa ser o melhor caminho.
O caminho que você jovem vai construindo, conforme vai andando pela sua vida. Orientações de "estrelas" hão de ajudar, mas é o prazer de fazer algo que acredita, sua capacidade de superar obstáculos, de fazer escolhas nas bifurcações que a vida apresenta e de perseverar para construir sua trilha, que o tornará o profissional e acima de tudo a pessoa com o adjetivo que eu considero mais importante: FELIZ!!!
Portanto, que cada um construa o seu PRÓPRIO CAMINHO, e parafraseando Titãs na música Epitáfio
O acaso vai TE proteger
http://www.youtube.com/watch?v=JdwSveD0m_o
Abaixo o poema completo do poeta espanhol Antonio Machado.
Ao responder uma destas mensagens de uma aluna, lembrei-me de um trecho de uma poesia de Antonio Machado que li há muitos anos, num texto de Carlos Heitor Cony, que ia na linha do que queria dizer a minha aluna.
O caminho se faz ao andar..."
Nós, pais, professores queremos sempre que nossos "pupilos" encontrem caminhos seguros, bem traçados e planejados para se tornarem profissionais bem sucedidos e felizes. Cada pai, professor, generalizando "adulto responsável" tem uma sugestão de percurso a seguir. Antigamente ser Doutor, Engenheiro, funcionário do Banco do Brasil, ser Professor (acreditem!!!), casar bem (?), eram alguns dos caminhos que seriam garantia de felicidade.
Hoje ainda há pessoas que apresentam sugestões seguras e garantidas de percursos.
Mas os tempos mudaram muito e atualmente acho que a frase do poema acima é a que para mim representa ser o melhor caminho.
O caminho que você jovem vai construindo, conforme vai andando pela sua vida. Orientações de "estrelas" hão de ajudar, mas é o prazer de fazer algo que acredita, sua capacidade de superar obstáculos, de fazer escolhas nas bifurcações que a vida apresenta e de perseverar para construir sua trilha, que o tornará o profissional e acima de tudo a pessoa com o adjetivo que eu considero mais importante: FELIZ!!!
Portanto, que cada um construa o seu PRÓPRIO CAMINHO, e parafraseando Titãs na música Epitáfio
O acaso vai TE proteger
Enquanto VOCÊ andar distraído
O acaso vai TE
proteger
Enquanto VOCÊ andar...
http://www.youtube.com/watch?v=JdwSveD0m_o
Abaixo o poema completo do poeta espanhol Antonio Machado.
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.
O amor de Harpia
Um programa do Globo Reporter sobre a Harpia da Amazônia que vi sábado pela manhã na Globo News e a postagem a tarde no Facebook de algumas alunas de resultado do Sisu dizendo que vão fazer faculdades em locais distantes, me fizeram refletir de como a natureza é sábia.
As Harpias escolhem uma das árvores mais altas da mata para construir seu ninho e proteger seu filhote de predadores. Após o nascimento do rebento, enquanto a fêmea fica próxima ao ninho, o macho sai para caçar e trazer alimento para o filhote, que vai perdendo a penugem e adquirindo penas. Logo começa a explorar galhos mais altos, mas retornando rapidamente a segurança do ninho, que sempre é reparado/higienizado pelos pais que trazem galhos verdes cobrir os restos de carcaça do alimentos que sobram no ninho e assim manter o ambiente livre de parasitas que possam prejudicar a saúde do filhote.
Os meses passam, a adolescente ave já exercita suas asas ainda sem voar efetivamente, mas papai Harpia começa a espaçar mais as refeições que traz, o que deixa o guri agitado, A situação toma um derradeiro rumo quando mamãe Harpia desmonta seu ninho. A jovem Harpia é forçada a voar e acompanhanar seu pai, ainda por um tempo, até aprender a caçar por si própria, só assim estará pronta para alçar voos próprios e sobreviver na floresta.
Os pais de meus alunos, que estão indo estudar em terras distantes, não desmancharam o "ninho" dos filhos, ele sempre estará lá para acolhê-los de volta em suas visitas, mas ao incentivá-los a estudar fora, esses Pais Harpias estão preparando seus filhos para enfrentar a vida de uma maneira mais rápida. Difícilmente serão os mesmos quando voltarem, pois ao alçarem voos mais distantes, estão tomando uma atitude que os transformarão indubitavelmente. Serão forçados a tomar decisões sozinhos, algumas simples como: o que irá comer, que hora irá levantar, estudar, namorar, a avaliar o custo/benefício de faltar a uma aula para se curar de uma balada, etc. Outras situações mais sérias como em qual disciplina se matriculará, a cumprir prazos definidos, em que se especializará, a conviver com pessoas muito diferentes, em um local que na maioria das vezes em nada lembrará seu habitat familiar em que foi criado. Decisões erradas, causarão reprovações, custos emocionais, financeiros, mas o aprendizado de vida será maior ainda, pois se aprende muito mais com os erros (que são mais doloridos) do que com os acertos. Não há mais como contar com mamãe/papai falando com professor ou diretor que seu filhinho é bonzinho, que é coisa de adolescente, etc.
O processo no início é dolorido, alguns desistirão nas primeiras pressões/crises de saudade, mas os que continuarem seu voo solo se tornarão pessoas mais independentes, seguras, mais capazes de trabalharem em grupo e quem sabe se tornarem futuros líderes. Não acho que o que escrevo seja uma verdade absoluta, mas acredito que estatisticamente ocorrerá com a maioria que sai do aconchegante ninho familiar.
Espero que meus ex-alunos que optarem por estudar em faculdades próximas, sem a necessidade de abondonarem a segurança de seus ninhos, gradativamente também passem a tomar suas próprias decisões e a arcarem com suas consequências, e que seus pais entendam que eles precisam ganhar autonomia e responsabilidade, para que seus filhos voem mais tranquilos por esta vida quando papai e mamãe harpia já não estiverem por perto para socorrê-los.
Para finalizar uma frase de minha mãe que marcou minha vida quando eu estava saindo de casa para estudar: "Filho, vá tranquilo, se você estiver bem e feliz, nós estaremos bem e felizes, pode contar com nosso apoio..."
As Harpias escolhem uma das árvores mais altas da mata para construir seu ninho e proteger seu filhote de predadores. Após o nascimento do rebento, enquanto a fêmea fica próxima ao ninho, o macho sai para caçar e trazer alimento para o filhote, que vai perdendo a penugem e adquirindo penas. Logo começa a explorar galhos mais altos, mas retornando rapidamente a segurança do ninho, que sempre é reparado/higienizado pelos pais que trazem galhos verdes cobrir os restos de carcaça do alimentos que sobram no ninho e assim manter o ambiente livre de parasitas que possam prejudicar a saúde do filhote.
Os meses passam, a adolescente ave já exercita suas asas ainda sem voar efetivamente, mas papai Harpia começa a espaçar mais as refeições que traz, o que deixa o guri agitado, A situação toma um derradeiro rumo quando mamãe Harpia desmonta seu ninho. A jovem Harpia é forçada a voar e acompanhanar seu pai, ainda por um tempo, até aprender a caçar por si própria, só assim estará pronta para alçar voos próprios e sobreviver na floresta.
Os pais de meus alunos, que estão indo estudar em terras distantes, não desmancharam o "ninho" dos filhos, ele sempre estará lá para acolhê-los de volta em suas visitas, mas ao incentivá-los a estudar fora, esses Pais Harpias estão preparando seus filhos para enfrentar a vida de uma maneira mais rápida. Difícilmente serão os mesmos quando voltarem, pois ao alçarem voos mais distantes, estão tomando uma atitude que os transformarão indubitavelmente. Serão forçados a tomar decisões sozinhos, algumas simples como: o que irá comer, que hora irá levantar, estudar, namorar, a avaliar o custo/benefício de faltar a uma aula para se curar de uma balada, etc. Outras situações mais sérias como em qual disciplina se matriculará, a cumprir prazos definidos, em que se especializará, a conviver com pessoas muito diferentes, em um local que na maioria das vezes em nada lembrará seu habitat familiar em que foi criado. Decisões erradas, causarão reprovações, custos emocionais, financeiros, mas o aprendizado de vida será maior ainda, pois se aprende muito mais com os erros (que são mais doloridos) do que com os acertos. Não há mais como contar com mamãe/papai falando com professor ou diretor que seu filhinho é bonzinho, que é coisa de adolescente, etc.
O processo no início é dolorido, alguns desistirão nas primeiras pressões/crises de saudade, mas os que continuarem seu voo solo se tornarão pessoas mais independentes, seguras, mais capazes de trabalharem em grupo e quem sabe se tornarem futuros líderes. Não acho que o que escrevo seja uma verdade absoluta, mas acredito que estatisticamente ocorrerá com a maioria que sai do aconchegante ninho familiar.
Espero que meus ex-alunos que optarem por estudar em faculdades próximas, sem a necessidade de abondonarem a segurança de seus ninhos, gradativamente também passem a tomar suas próprias decisões e a arcarem com suas consequências, e que seus pais entendam que eles precisam ganhar autonomia e responsabilidade, para que seus filhos voem mais tranquilos por esta vida quando papai e mamãe harpia já não estiverem por perto para socorrê-los.
Para finalizar uma frase de minha mãe que marcou minha vida quando eu estava saindo de casa para estudar: "Filho, vá tranquilo, se você estiver bem e feliz, nós estaremos bem e felizes, pode contar com nosso apoio..."
sábado, 14 de janeiro de 2012
Treinos e esforço de filho acalmam angústias de pai...
Há um ano estava eu temeroso pelo primeiro dia de aula de natação de meu filho. Dúvidas e angústias pairavam na minha mente: Será que as professoras dão conta do número de alunos? Thomás vive aprontando será que vai obedecer? Será... ?
A aula começa e a professora pede para os pais que desçam, não fiquem no recinto da piscina pois isto desviaria a atenção das crianças. Um grupo de pais agoniados e a contragosto caminham com risinhos amarelos no rosto tentanto não demonstrar o quanto estavam preocupados; sentam-se nos bancos e apenas escutam o som baixo da voz da professora. Um não resiste, sobe os degraus de uma escada e através de uma mureta vazada observa o desenrolar da aula, sorri e volta para seu lugar. É o sinal para uma procissão de pais fazerem o mesmo e acalmarem seus espíritos. Inclusive eu. Na volta para casa, o máximo que consigo arrancar do meu filho é "foi legal!".
Outras aulas se sucederam e, tirando um breve entreveiro entre Thomás e um garoto mais velho, metido a besta, que já nadava e gostava de se exibir para uma amiguinha da escola do meu filho, o meu galinho arrepiou, necessitando que a professora interviesse separando-os sempre durante as aulas, fora isso o ano transcorreu tranquilamente. Muita disciplina e treino duas vezes por semana.
O tempo passou e hoje aqui estou a esperar meu filho na natação digitando tranquilamente este post. Ele ainda não é nenhum golfinho, mas já se vira suficientemente bem, pula na parte funda da piscina, não se assusta, e ao subir nada com um estilo ainda não bem definido (cachorrinho, sapo, crow) para as bordas ou para o raso.
Eu me orgulho de sua evolução! César Cielo que se cuide!!!
Escrito por mzoega às 17h53, originalmente em mzoega.zip.net UOL BLOG em 13/01/2011.
AGROTÓXICOS - Sugestão de Leitura
DICA DE LEITURA CONTROVERSA E INTERESSANTE,
publicado originalmente em mzoega.zip.net UOL BLOG em 12/01/2012.
publicado originalmente em mzoega.zip.net UOL BLOG em 12/01/2012.
Estava eu fuçando na internet quando me deparei com o Blog Comer Sem Culpa, onde a matéria em destaque era "Desvendando a ação dos agrotóxicos". As autoras do blog (vejam suas formações e especializações) comentam e fazem um resumo de uma matéria que saiu na Veja sobre este assunto.
Abaixo um pequeno aperitivo do que aparece neste texto:
10/01/2012
Desvendando a ação dos agrotóxicos
"Na verdade, todos nós temos um certo temor pela possibilidade de uso dos defensivos agrícolas em nossos alimentos e sabemos muito pouco sobre o efeito potencial dos mesmos em nosso organismo."
"Em meados de junho de 2011, uma grave infecção intestinal causada por alimentos contaminados matou mais de quarenta pessoas e milhares delas foram hospitalizadas após ingerirem brotos de feijão contaminados por bactérias do tipo coliformes, provenientes de uma fazenda especializada em alimentos orgânicos na Alemanha."
"É importante esclarecer que a limpeza dos alimentos cultivados com agrotóxicos usando água, sabão e soluções com hipoclorito de sódio não removem esses produtos dos alimentos."
"Um detalhe é bem certo, não existe diferença nutricional entre os produtos cultivados com agrotóxicos e os orgânicos."
Para ler a matéria completa acesse o blog na página:http://comersemculpa.blog.uol.com.br/ de postagem da data acima.
Leia com atenção, pesquise, reflita e tire as suas conclusões. Vale a pena!!! Abraço.
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